domingo, 25 de dezembro de 2011

Até quando?

Eu fico idealizando um tempo em que eu vou poder saber quem eu realmente sou, do que realmente gosto. Se são de blues, rock, sertanejo ou de eletrônica. Se eu gosto da praia com o sol à pino ou se é na saída dele. Se as montanhas são vão servir para um dia romântico ou se elas me trazem verdadeira satisfação. Se eu sou boa no escrever ou se sou capaz nos desafios matemáticos. Se sou para discutir política, literatura, história, pinturas e músicas ou se fico melhor falando de roupas, esmaltes e as cores da estação.

Eu ainda tento descobrir se o meu jeito de ser conquistada é romântico, com flores e dizeres como “Eu te amo”.  Quem sabe talvez é de um jeito mais misterioso, menos à mostra? Não sei. Fico querendo saber se eu sirvo mesmo para o violão ou se eu posso ir mais além nos instrumentos. Se eu sou tímida ou comunicativa. Se o copo está meio cheio ou meio vazio. Fico querendo saber se aprendi a ser paciente ou se impaciente eu ainda hei de ser. Se sou feita para cuidar ou para ser cuidada. Será que posso ser mãe? Será que posso ter alguém ao meu lado, até o final da minha vida? Será que sou uma boa filha/neta/sobrinha e amiga?  Fico imaginando se eu tenho a vontade mesmo de fazer um safari ou de fazer esportes radicais. Ou se é por causa da natureza só. Então, eu sou mesmo amiga da natureza? Posso talvez ser voluntária?  Será que sirvo para grandes realizações ou eu gosto mesmo das coisas simples? Eu posso mudar o mundo?

Até quando eu vou poder me descrever para alguém? Qual será esse meu tempo que eu tanto espero? Até quando eu vou poder me conhecer e saber que quanto mais eu adio essa hora de saber quem sou?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Última carta

    Longes, amém. Sem verdades, também. Tudo está tão no seu lugar e mesmo assim tão mal esclarecido. Mas quem tem a ouvir sou eu. E não são sermões, a não ser perdão. Quando sua alma velha vai se redimir? Quando vai admitir? Se essa culpa te incomodar, não vai fazer tão bem, como você faz para me irritar. Quando o você vai ser você? Quando vai querer parar de ser dois? As emoções colocadas para fora deveriam te confortar. Por que não? 
    Longes, amém. Sem verdades, também. Tudo no seu devido lugar. Fique assim, ó meu bem, viva assim. Mas não viva no meu e nem chegue perto do meu. Só agora t
e junto comigo como um quebra cabeça: você na música e eu na letra. Pela última vez expresso em poesia o que se passou por nós. O que passou…E o que eu posso dizer.

Mel