quinta-feira, 3 de outubro de 2013

HumanTech

 

Cada vez que eu leio, estudo e entro em contato com a tecnologia, vejo o quanto ela quer ser humanizada. Quer fazer papel do homem. E não mais só para resolver problemas. Aí que está ou problema – ou solução. O afastamento das pessoas ou a falta de interação está sendo “suprida” pela internet e suas várias “curtidas” e “seguidores” de cada dia. Mas na verdade, é uma interação de amostra. Você escreve o que gosta, publica uma foto sua e, aí, se mostra como pessoa ou do jeito que você parece ser.

Há um tempo eu vi uma ideia (pronta para ser posta em prática) de um app que avisava que alguém que você não gostaria de encontrar estava passando ali perto, para você mudar de rua ou algo do tipo. E é justamente isso que está faltando isso hoje em dia! Falta esse confronto, dos problemas cara-a-cara. O esconderijo que é a tecnologia, por um celular ou tablet, querendo se humanizar, acaba por desumanizar. É muito fácil ignorar uma pessoa ou elogiá-la por bloqueios e limitação de privacidade e comentários, respectivamente. Fazer amizade ficou muito fácil. Fazer amizades de encontro, de mesa, de conversa boa, está cada vez mais difícil. Até a ligação de celular-celular parece ter ficado obsoleta. Já é difícil querer ouvir a voz do outro. Afinal, demora tanto, não é?!

Escrevemos textos e textos, indiretas do bem ou do mal, todos os dias, textos enormes pela timeline, e nossa voz mesmo, para dizer o quanto aquela pessoa te faz falta ou o quanto você está chateada com tal coisa, não funciona.

“Mas e os tímidos? Cada um tem sua dificuldade e personalidade.” Mas a “humantech” dificulta isso mais! Ajudou – e muito!- os tímidos, mas torna, todos os dias, as pessoas mais reclusas e medrosas para lidarem com seus problemas e seu próprio discurso na real vida, que é lá fora.

A HumanTech veio complementar e ajudar nas dificuldades. Não substituir. Apps não substituem um abraço, um susurro ou calor daquele sol na praia, que você dá dois “cliques” nas lindas fotos do Instagram. Sai de casa e vai você experimentar o que a tecnologia só veio apreciar, o que ela só veio admirar. Tanto é, que serve de publicação.

Mel 

 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

É hora

Eu poderia falar tanta coisa. Falar de saudade, de amor, de decepção, de carinho, família, música, amigos. Tanta coisa que eu preciso contar. Mas, às vezes, as pessoas que mais queremos compartilhar cada coisa importante da nossa vida, já não está mais no mesmo mundo com a gente. Já não está tão perto para ouvir. Nem o coração ta sentindo essa mesma vontade.

Então, chegou a hora. De tentar acabar com essa saudade, essa tristeza, essa decepção, essa espera e de tirar esse sentimento bom que guardo aqui dentro para uma coisa boa. Deixar ele sair, como antes já saiu. Chegou a hora de voltar a ser eu, de voltar a me arrepiar com as coisas que realmente gosto. Tanto tempo que eu não deito em qualquer lugar para olhar o céu. E isso me arrepia. Quanto tempo não monto num cavalo. O cheiro… Isso tudo me arrepia. Arrepia, porque é bom.

E o que é bom, eu quero trazer de volta. De um tempo muito antigo. No qual eu sonhava, dançava, criava, lia e, claro, me apaixonava.

Mel