quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Era pra ser, nao mais...

Espero que essa seja a primeira e a última vez que escrevo sobre você. Porque escrever demais, exalta sentimentos e por você eu quero deixar sentir o mais puro.

 Sem contar com o meu amorzinho de terceiro período lá em Minas, que aí sim era coisa de criancinha, você foi meu primeiro amor. Eu te esperava pela varanda do meu sítio para ver se seu carro passava. Qualquer barulho podia ser você. Imaginar você subindo aquela rampa era fazer meu coraçao palpitar. Você ocupava meu coração. Por quatro anos eu fiquei assim, te esperando. Sem saber que você também sentia algo por mim, nada era transparecido. Eu me achava uma boba. Chegar perto de você era sinônimo de travar minha fala e meu pensamento. Até que um dia a gente descobriu que o sentimento era comum. No entanto sua reação depois encheu meu coração de raiva que nada que você falasse me retornaria ao simples e puro querer.

Os tempos passaram e toda vez que eu via você me apaixonava de novo. E por isso, por não querer sofrer mais eu te guardava no meu coração para que ninguém pudesse tirar e eu pra menos ver. Fui resolvendo conhecer outras pessoas, porque você continuar a gostar de mim parecia impossível. Até que você vem um dia e dizer que queria que eu fosse sua. Mas eu era tão nova ainda e tao com raiva do que já tinha feito comigo. Nada mais você havia falado para eu pode dizer "sim". E agora, seguimos nossos caminhos.

Você continuava a aparecer, mas eu ignorava, porque você já não podia mais pensar em mim. E eu cada vez te guardava mais. Mas foi ficando difícil. Ninguém me fazia parar de lembrar de você ou de fazer meu coração palpitar e eu me calar quando você aparecia. Agora, o que ficou guardado eu deixei mostrar.
Eu assumi a saudade, relembrei os meus erros e agora eu tento consertar. Um passado que ainda não se foi, um presente que ainda está para se resolver, um futuro para modificar. Mas você já não é o mesmo, muito menos o sentimento. Mas as vezes parece, aquele que um dia olhou pra mim. E agora, por que não volta? Está tudo tão mudado. Eu tento te mostrar o tanto que eu.... eu.....


E por ser tanto, agora eu te deixo em paz.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

“Foi-se”

    “Foi-se” um tempo onde tentei ser. Onde quis fazer esforço. Esforço para dar certo, para fazer acontecer. Para ser aprovada, para não deixar de crer. Para amar mais, desintender menos. Em ter mais paciência; raiva, pra quê?

    Se não agradou: calma, acabou. Começo um novo tempo onde não há metas: serei meta. Serei o bem estar. Serei a paciência: não a sua, a que você quer que eu tenha. Mas a minha, a que me faz bem. Eu sou o meu limite: e eu sei quais são eles. Eu tenho o meu gosto: e eu gosto dele. Eu dou meus títulos, mas também sei me entitular. Eu sempre tentei compreender, compreender-me-ei também.

  “Foi-se“ um tempo onde eu quis ser mais para tantos, do que simples para dentro. Eu me fechei para tentar aguentar mais. Me abro, por me preocupar menos. Quero viver, como se pudesse recomeçar. Lutar, com coragem que nunca achei ter. Sonhar, como se eu não tivesse perdido as tais esperanças.

   Se não agradar: que mal há? Sou o meu eu. O que foi, foi. Foi-se aquele tempo…

M. Schneider