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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Fotografias da Vida
Sempre achei que meus olhos seriam máquinas fotográficas perfeitas. Capturariam coisas que nem mesmo lentes poderosas fariam. Mas que pena: difícil. As palavras tentam reproduzir as passagens de uma vida. Vejo coisas que não queria ver. Pior é sentir o que não queria, pelo fato de ter passado pelo momento. Por que visão, tão astuta? Nos leva a imagens de serpente e coloca nos nossos ouvidos o teu chocalho. Um momento total de alegria e satisfação pode ser destruída por uma das fotografias da vida. Mas e a coragem para rasgar essas lembranças? De fazer um álbum novo? Mais parece que procuramos naquelas caixas velhas os álbuns que mais mexeram com o nosso interior. Até aqueles que quebraram o coração. E mesmo que você o deixe no lugar mais fundo do armário, ele insiste em aparecer. E não há contrato social que possa ser quebrado, o respeito pelo álbum e as fotografias que ali estão, deve permanecer. Respeito permanecido e que dói, por guardar um sentimento que teve que ficar em silêncio.
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