Xinguei, mas não podia. Me estressei, mas não queria. Tive esperanças, mas não consegui.
As eleições de 2010 para Presidente, Governador, Senador, Deputador Estadual e Federal me deixaram boquiaberta. Apenas a face se moveu. Nenhuma palavra merecia ser dita.
Jurei que iria vir aqui no blog e reclamaria, ofenderia a todos os eleitores brasileiros. Ou melhor, quase todos, pelo menos. Mas na verdade, optei apenas pela crítica. Crítica aqui que darei sem sentimentos. Pois não há sentimento algum que demonstre que os próprios filhos deste solo, que és mãe gentil, pátria amada – mais parece que não - Brasil, reúnam-se em saletas apertando míseras teclas, escolhendo a própria merda (desculpa o termo), que será seu futuro.
Disse anteriormente que as pessoas só reclamam. E agora me vejo mais uma vez almoçando vendo o telejornal do dia e as manchetes passando: “Protesto acaba em morte”; “Mulher é violentada pelo marido”; “Mais mortes no trânsito causam desespero” e os inúmeros roubos diários, envolvendo menor ou não, com porte de arma ou com uma faca na mão. Acaba sendo hilário. Rotina virou esse dia-a-dia do “jeitinho brasileirinho”. O brasileiro tem essa mania de se auto-excluir das responsabilidades de cidadão na hora do voto, escolhendo os candidatos frutos do marketing, porque ficou com preguiça de pesquisar por pelo menos 1 h para escolher quem seria, de fato, o melhor administrador dessa terra, que por incrível que pareça, eu (ainda) acho maravilhosa. Ou também apertando o “Branco/Nulo” porque era mais fácil. E depois quer lutar por seus direitos e pela democracia.
É revoltante ver a situação no qual nos encontramos. Vivemos numa grande contradição. Pedindo demais e fazendo o de menos.
Alguns não podem se lembrar, mas existe um tal de Hino Nacional Brasileiro. E uma parte me chama a atenção. Diz assim:
“Mas, se ergues da justiça à clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.”
Isso me comove. Não ache porque a letra é bonita. Me comove de um jeito agoniante. Não há nacionalismo mais em nosso país. Preferimos o capital estrangeiro do que nossas riquezas. Me comove, porque esse filhos tão amados dessa terra de formoso céu, risonho e límpido, tem a vergonha de gritar: “EU AMO MEU PAÍS.”
Pega tua bandeira e grita. Aja como um brasileiro que se importa com tua vida e a dos seus irmãos do Brasil. Tira esse cabresto e vai à luta! Viva o Brasil, um sonho intenso, um raio vívido!
Sem mais,
Mel