Eu o conheci numa sala de inglês, com apenas mais oito colegas e um professor. Todas as aulas eram tão divertidas, espontâneas, cheias de palhaçadas e sempre acontecia alguma coisa. Se você perdesse uma aula sequer, iria estar desatualizado.
Apesar da turma pequena, éramos tão entrelaçados, por mais que fôssemos de lugares diferentes, paixões deisiguais e até aversão a um ou outro.
Após o primeiro semestre, chega esse outro. Como de costume, chego atrasada. Encontro uma sala pequena, até um pouco desconfortável. Apenas dois dos amigos que fizera no semestre passado estavam ali. E só teria mais uma no grupo, mas ela faltou. Todos sumiram, tiveram seus motivos ou apenas se mudou. Como ele.
Fiquei perplexa ao ver sua ausência. E sim, percebo a contradição nessa frase. Mas foi estranho estar ali. Por muito tempo parecia estar sozinha. Nem meus outros dois amigos pareciam me entreter mais. Senti saudades.
Aquele buraco no meu peito que fora superficialmente cicatrizado, foi reaberto delicadamente. No entanto, fiquei um tanto surpresa. Eu não me sentia melancólica, nervosa, rancorosa ou até fraca com aquilo. Eu senti sinto um vazio. Um vazio que incomoda, que parece não ser preenchido (nem com meus desabafos aqui).
Indo para casa, passo em frente à casa dele, como todas terças e quintas. Não olho. Eu não poderia chamá-lo, ele não me atenderia.
Algo precisa me preencher por definitivo. Nem frestas ou rachados deverão permanecer nesse coração abalado.
Ouvindo: Got Your Back – Keri Hilson ft. T.I.
Mel
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